Semana Republicana III: Hinos Portugueses



HINO "MARIA DA FONTE"



Ainda hoje, o Hino da Maria da Fonte continua a ser a música com que se saúdam os ministros portugueses, sendo utilizado em cerimónias cívicas e militares. O maestro Ângelo Frondoni compôs por essa ocasião um hino popular, que ficou conhecido pelo nome de Maria da Fonte ou do Minho, que respirava um certo entusiasmo belicoso; e por muito tempo foi o canto de guerra do partido progressista em Portugal. Camilo Castelo Branco escreveu um livro com o título Maria da Fonte, que trata minuciosamente deste assunto. São também interessantes os Apontamentos para a historia da Revolução do Minho em 1846 ou da Maria da Fonte, pelo padre Casimiro. Na Biblioteca do Povo e das Escolas, o n.º 167 é a história da Revolução da Maria da Fonte, pelo Sr. João Augusto Marques Gomes. Um dos primeiros trabalhos do romancista Sr. Rocha Martins intitula-se Maria da Fonte.

HINO "A PORTUGUESA"





Data: 1890 (com alterações de 1957)
Letra: 
Henrique Lopes de Mendonça
Música: 
Alfredo Keil
I
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões marchar, marchar!

II
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu!
Beija o solo teu jucundo
O oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões marchar, marchar!

III
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Ás armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões marchar, marchar!
Data: 1890 (versão original)
Letra: 
Henrique Lopes de Mendonça
Música: 
Alfredo Keil
I
Herois do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memoria,
Oh patria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Patria lutar!
Contra os Bretões marchar, marchar!

II
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céo!
Brade a Europa á terra inteira:
Portugal não pereceu!
Beija o teu sólo jucundo
O oceano, a rugir de amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Patria lutar!
Contra os Bretões marchar!

III
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do resurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injurias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões marchar!



A Portuguesa, que hoje é um dos símbolos nacionais portugueses nasceu como uma canção de cariz patriótico em resposta ao ultimato britânico para que as tropas portuguesas abandonassem as suas posições em África, no denominado "Mapa cor-de-rosa". Tem letra de Alfredo Keil e composição de Henrique Lopes de Mendonça e é de 1890.

HINO MONÁRQUICO PORTUGUÊS



Hino da Carta Constitucional, que se tornou oficialmente "Hymno nacional português" em Maio de 1834 e vigorou até à queda da Monarquia, em 1910.

Links Históricos II

Hoje apresentamos uma série de blogues da RTP e do site oficial das comemorações do Centenário da República, relacionados com a república:

         - A página oficial da Presidência da República apresenta uma série de biografias sobre os Presidentes da República (http://www.presidencia.pt/?idc=13);

- O site do Centenário da República tem uma página que tem por objectivo promover, divulgar e apoiar iniciativas relacionadas com a preservação do património florestal nacional, lançando o desafio para a identificação global deste património, acompanhado por uma evocação histórica que deverá ser assinalada pela plantação de árvores a nível nacional, cujo endereço é http://arvore.centenariorepublica.pt/;


         - Este blogue conta as histórias do início da República e do fim da Monarquia  (http://ww1.rtp.pt/icmblogs/rtp/historiasdarepublica/);

          - Por fim, este apresenta tudo, ou quase tudo, sobre este ano em que se comemora o Centenério da República (http://ww1.rtp.pt/wportal/sites/tv/centenariodarepublica/).

Visitem-nos! Vale a pena!

Semana Republicana II: Implantação da República

Semana Republicana I: A Toponímia e a República







A Instauração da República significou para a toponímia das vilas e cidades portuguesas, isto é , os nomes das ruas, também, uma grande revolução. A nível nacional encontramos, um pouco por todo o lado referências toponímicas a datas, acontecimentos, personalidades, ligados à 1ª República. Também a nossa região, Almeida e Vilar Formoso, em concreto, não escaparam a esta tendência.
Mas, também, permaneceram alguns nomes (topónimos) dos últimos tempos da Monarquia.

Em Almeida encontramos os seguintes topónimos:

- Rua Combatentes Mortos Pela Pátria, clara alusão à participação dos soldados portugueses ao serviço da República, durante a 1.ª Grande Guerra (1914-1918);


- Rua Dr. Ginestal Machado,
advogado, professor liceal, deputado, Ministro da Instrução Pública e Presidente do Conselho de Ministros (Primeiro-Ministro) durante a Primeira República Portuguesa, entre outras funções;

- Rua Conselheiro Hintze Ribeiro, advogado, político de origem açoriana, distinto parlamentar e par do Reino, Procurador-Geral da Coroa, Ministro das Obras Públicas, das Finanças e dos Negócios Estrangeiros, líder incontestado do Partido Regenerador e Presidente do Conselho de Ministros três vezes, sendo um dos líderes mais destacados da política nacional e tendo participado em alguns debates parlamentares atacando a política do seu ex-correlegionário João Franco;

- Rua Joaquim Carvalho dos Santos, nascido em Almeida, republicano, democrata e presidente da Assembleia da República;


- Praça da República;


Em Vilar Formoso encontramos, também, a Avenida Dos Combatentes e a Rua e Travessa Gago Coutinho, como um pouco por todo o distrito, que realizou a 1.ª travessia aérea do Atlântico Sul – Lisboa/Rio de Janeiro -, juntamente com Sacadura Cabral.


Na cidade da Guarda, capital de distrito, encontram-se as seguintes referências à República: Rua 31 de Janeiro; Rua 5 de Outubro; Avenida Dr. Afonso Costa; Rua Dr.ª Carolina Beatriz Ângelo; Rua Dr. Manuel de Arriaga; Rua Paralela à Rua 5 de Outubro; Rua da República.

Por todo o distrito há uma vasta toponímia relacionada com a República e, também, com a Monarquia:

- No Concelho do Sabugal encontramos a Rua Dr. António José de Almeida, a Praça da República e a Rua Teófilo Braga, para além do Rua D. Carlos I;

- Em Vila Nova de Foz Côa encontra-se a Rua Combatentes da Grande Guerra;

- Em Manteigas estamos perante a Rua Dr. Afonso Costa;

- Em Seia podemos ver a Avenida Dr. Afonso Costa e a Esplanada Combatentes da Grande Guerra, em Seia;

- Em Gouveia vê-se a Rua 5 de Outubro;

- Em Celorico da Beira conseguimos ver a Rua 31 de Janeiro, Largo e Rua 5 de Outubro e a Praça da República;

- Em Aguiar da Beira a Avenida 5 de Outubro;


- Em Meda a Rua 5 de Outubro;


- Em Pinhel encontra-se o Jardim 5 de Outubro, o Largo Combatentes da Grande Guerra, a Rua Guerra Junqueiro, Rua Dr. Manuel de Arriaga e Rua e Travessa Teófilo de Braga.







Mas, este tema da toponímia republicana, faz-nos reflectir sobre a seguinte questão: o concelho de Almeida tem uma dívida para com um dos revolucionários e activista da República, o Major Afonso Pala, nascido em Malhada Sorda. Bom seria que, quem de direito, se ocupasse, no ano do Centenário da República, de homenagear esta individualidade atribuindo a algumas artérias do Concelho, nomeadamente em Almeida e Malhada Sorda, o seu nome.

Neste ano em que se comemora o Centenário da República, teremos aqui um espaço para a República em que iremos escrever com regularidade. Esse espaço chamar-se-á “Semana Republicana”.

Saída de Campo: Museu Militar de Almeida (20/01/2010)

A OHA deslocou-se à vila de Almeida, no dia 20 de Janeiro de 2010, para visitar o recentemente inaugurado Museu Militar, instalado nas Casamatas. Estas tiveram um óptimo aproveitamento, já que se trata de um espaço com muitas potencialidades. Durante muitos anos estiveram praticamente esquecidas, ainda que abertas ao público. A monumentalidade daquele espaço justificava, por si, a curiosidade dos visitantes. O Museu agora instalado vem colmatar uma necessidade da vila, e da região, para contextualizar, com rigor histórico, uma realidade não muito longínqua, contribuindo para enriquecer a oferta cultural do Concelho e, assim, conseguir atrair mais visitantes.
A Exposição Permanente ensina aos visitantes a evolução das armas, dos equipamentos, das construções militares e as adaptações necessárias em função dos novos armamentos. Particularmente estimulante para os alunos da OHA foi o contacto directo com as armas e os uniformes da época que encontraram, à sua disposição, numa das salas. No final da visita fomos brindados, cortesia do Dr. Paulo Amorim, com uma demonstração de tiro, ao vivo, pelos elementos do Grupo de Recriação Histórica e Militar de Almeida (GRHMA).





Ateliers da OHA/CEAMA no Pavilhão Multiusos de Vilar Formoso (27/01/2010 ; 10-24/02/2010 ; 10-03-2010)

A OHA, em parceria com o Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida, tem participado em ateliers do projecto “Aula de Fortificação”.
As actividades decorrem nas quartas-feiras à tarde. Até à data, foram sucessivamente dedicadas à Expressão Plástica, (re)criação de fatos e acessórios medievais, Pintura (azulejos) e Desenho. Os alunos têm acompanhamento de técnicas especializadas. Amavelmente, no final de cada atelier, a C.M.A. ofereceu um lanche aos alunos da OHA.

Atelier 1 (27/01/2010)




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Atelier 2 (24/02/2010)