O 25 de Abril - Humberto Delgado

Este ano comemoraram-se os 37 anos da Revolução dos Cravos. Esta pôs fim à ditadura que tinha hábitos de repressão. Hoje apresentamos um artigo do jornal "Terras da Beira" sobre Humberto Delgado, assassinado pela PIDE por não respeitar os ideais ditatoriais.


Morte de Vitorino Magalhães Godinho e Acordo Ortográfico

Hoje morreu Vitorino Magalhães Godinho, historiador e antigo Ministro da Educação e da Cultura, aos 92 anos. Foi uma personalidade contra o Acordo Ortográfico. Como tal, apresentamos um excerto da Revista Lusófona da Educação, de um artigo de Maria Manuel Calvet Ricardo. Em Portugal houve vários acordos que mudaram a nossa grafia. Para ver o artigo por completo siga a seguinte hiperligação que lhe irá possibilitar o download:
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 é um tratado internacional que tem por objectivo criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países de língua oficial portuguesa. Foi assinado por representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa, em 16 de Dezembro de 1990, ao fim de uma negociação entre a Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras iniciada em 1980. Depois de obter a sua independência, Timor-Leste aderiu ao Acordo em 2004. O acordo teve ainda a presença de uma delegação de observadores da Galiza.
No artigo 3.º, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 previa a sua entrada em vigor a 1 de Janeiro de 1994, mediante a ratificação de todos os membros. No entanto, como apenas Portugal, em 23 de Agosto de 1991, o Brasil, em 18 de Abril de 1995 e Cabo Verde ratificaram o documento, a sua entrada em vigor ficou pendente.
Em 1998, na cidade da Praia, Cabo Verde, foi assinado um Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa que retirou do texto original a data para a sua entrada em vigor.
Em Julho de 2004, os chefes de estado e de governo da Comunidade dos Países de Língua portuguesa (CPLP), reunidos em São Tomé e Príncipe, aprovaram um Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico que, para além de permitir a adesão de Timor-Leste, previa que, em lugar da ratificação por todos os países, fosse suficiente que três membros da CPLP ratificassem o Acordo Ortográfico para que este entrasse em vigor nesses países.
Em 2008, a Assembleia da República acabou por ratificar o Segundo Protocolo Modificativo em 16 de Maio.
Entretanto, os chefes de Estado e de governo da CPLP, reunidos em Lisboa no dia 25 de Julho de 2008, na Declaração sobre a Língua Portuguesa manifestaram “O seu regozijo pela futura entrada em vigor do Acordo Ortográfico, reiterando o compromisso de todos os Estados membros no estabelecimento de mecanismos de cooperação, com vista a partilhar metodologias para a sua aplicação prática”.
A 29 Setembro foi assinado o decreto da implementação da reforma no Brasil, a entrar em vigor em 1 Janeiro 2009. Em 2013 é totalmente obrigatória. O acordo ortográfico afecta cerca de 0,5 % do vocabulário do Brasil e 2% em Portugal, mas, na prática, a percentagem é muito maior na língua portuguesa, tanto mais que as palavras em causa são frequentemente usadas.
Em termos práticos, o que muda com a ratificação do Acordo Ortográfico?
- O alfabeto passa a ter 26 letras com a inclusão do «K», o «Y» e o «W»;
- Apesar das mudanças a nível de ortografia, as pronúncias próprias de cada país continuam iguais.
- Exemplos de palavras que vão ter dupla grafia devido à diferença de pronúncia entre Portugal e Brasil: académico/acadêmico, amazónia/amazônia, anatómico/anatômico, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, cénico/cênico, cómodo/cômodo, efémero/efêmero, fenómeno/fenômeno, gémeo/gêmeo, género/gênero, génio/gênio, ténue/tênue, tónico/tónico, bebé/bebê, bidé/bidê, canapé/canapê, caraté/caratê, cocó/cocô, croché/crochê, guiché/guichê, judo/judô, matiné/matinê, metro/metrô, puré/purê.
- Exemplos práticos de alterações na grafia: cai o «h» como em «húmido» e fica úmido, desaparecem o «c» e o «p» nas palavras onde não se lêem (são mudos), como acção, acto, baptismo ou óptimo.
- Mais exemplos de consoantes que desaparecem com o novo acordo: acionar, adjetival, adjetivo, adoção, adotar, afetivo, apocalítico, ativo, ator, atual, atualidade, batizar, coleção, coletivo, contração, correção, correto, dialetal, direção, direta, diretor, Egito, eletricidade, exatidão, exato, exceção, excecionalmente, exceções, fator, fatura, fração, hidroelétrico, inspetor, letivo, noturno, objeção, objeto, ótimo, projeto, respetiva, respetivamente, tatear.
- Nas sequências «mpc», «mpç» e «mpt», se o «p» for eliminado, o «m» passa a «n», como assunção e perentório.
- As terminações verbais «êem» deixam de ser acentuadas em Portugal e no Brasil (exemplos: creem, deem, leem, veem, incluindo os verbos com as mesmas terminações: descreem, releem, reveem, etc).
- Deixa de ter acento diferencial a forma verbal de «para».
- O acento diferencial para distinguir o passado do presente passa a ser facultativo.
- As formas monossilábicas do verbo haver perdem o hífen. Exemplos: «hei de», «hás de», «há de», «hão de». A palavra «fim-de-semana» também fica sem hífen.
- O hífen cai também em palavras compostas (em que se perdeu a noção de composição), que passam a ser escritas assim: mandachuva, paraquedas e paraquedista.
- Ainda em relação ao hífen: fusões de palavras quando há duplicação do «s» ou do «r», como antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, extrarregular, infrassom.
- O novo acordo recomenda também que se generalize a fusão quando a terminação é uma vogal e o segundo elemento começa com vogal diferente: extraescolar, autoestrada.
- Meses e estações do ano passam a escrever-se com letra minúscula.
- No vocabulário brasileiro desaparece o acento circunflexo em palavras como abençôo, vôo, crêr, lêr e outras. Desaparece também também o trema em palavras como lingüíça, freqüencia ou qüinqüénio, assim como o acento agudo nos ditongos abertos como por exemplo assembléia ou idéia.   
Com o Acordo Ortográfico, a grafia das palavras passa a ser regulamentada nos países de língua portuguesa.
Maria Manuel Calvet Ricardo
Bibliografia:
Estrela, E. (1993). A questão Ortográfica, reforma e acordos da língua portuguesa. Lisboa: editorial Notícias
Gonçalves, M. F. (2003). As ideias ortográficas em Portugal de Madureira Feijó a Gonçalves Viana (1734-1911). Lisboa: FCG

Casamentos Reais

Na semana em que se celebra mais uma Boda Real, de uma das Casas Reais com mais tradição e impacto nos media mundiais, a Casa Real Britânica, aqui fica uma colectânea de vídeos de alguns enlaces reais realizados no século XX e XXI. Valem aquilo que valem, Monarquias mais ou menos "folclóricas", mas o povo continua a gostar...



















Feliz Páscoa!

A OHA deseja uma feliz Páscoa a todos os seus alunos e visitantes deste blog.

Semana Republicana: Documentos Electrónicos II

#Martins, Jorge Carvalho
O 5 de Outubro na imprensa da época, [PDF em linha], in Análise Social, vol. XVIII (72-73-74), 1982-3.º-4.º-5.º, 687-710, [Consult. 20 de Setembro de 2010]. Disponível em http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223400203Z4mHI7iq9Sn85MR4.pdf



#MACHADO, Álvaro Manuel
A Geração de 70 - uma revolução cultural e literária [PDF em linha]. 3.ª ed., Colecção Biblioteca Breve - volume 4, Lisboa:Instituto da Cultura e Língua Portuguesa - Ministério da Educação, 1986. [Consult. 20 Setembro 2010]. Disponível em http://cvc.instituto-camoes.pt/component/docman/doc_download/25-a-geracao-de-70-uma-revolucao-cultural-e-literaria-.html

Neste Dia

Este é um blog da Sapo, que conta as histórias da História que aconteceram em cada dia. Visitem!!!

Semana Republicana: Postal

Semana Republicana: Major Afonso Pala

Hoje  apresentamos um texto sobre o funeral do Major Afonso Pala, um republicano do nosso concelho, mais concretamente de Malhada Sorda.