Feira Medieval de Castelo Mendo










A OHA vem participando, todos os anos, na recriação da Feira Medieval de Castelo Mendo, evento que a Câmara Municipal de Almeida entende, e muito bem, levar a cabo no mês de Abril. Esta participação faz parte das parcerias que a Escola E.B. 2,3/S de Vilar Formoso tem estabelecidas com a CMA e, nas quais, a OHA é um elemento sempre a ter em conta, e com provas já dadas pelos trabalhos antes desenvolvidos.
É um fim de semana muito preenchido e animado, cujo momento alto é a reposição "ao vivo" da primeira feira medieval criada regiamente no séc. XIII, em Portugal. Os alunos da OHA encarnam personagens, participam nos episódios mais significativos da Feira, animam as ruas e são verdadeiros protagonistas medievos por um dia. São momentos inesquecíveis de um ano escolar que também tem destas coisas!

A Linha da Beira Alta

Cumpriram-se 125 anos sobre a inauguração da Linha da Beira Alta (BA) em Agosto de 2007.
O desenvolvimento de Vilar Formoso, quer a nível urbano, quer económico e social está, intimamente, ligado ao lançamento da Linha da Beira Alta, iniciada em 1878, por uma Companhia Francesa e inaugurada em 3 de Agosto de 1882. Nessa data a família real fez a viagem inaugural, da Figueira da Foz a Vilar Formoso, onde houve recepção em ambiente festivo e almoço apenas no dia 5 de Agosto.
Segundo a fonte “Apontamentos para a História dos Caminhos de Ferro Portuguezes” de Frederico Pimentel (1892), esta linha tinha 27 estações e apeadeiros, sendo a estação terminal Vilar Formoso, classificada de 2ª classe.
Inúmeras obras de arte foram construídas a par da linha ferroviária, entre elas pontes e viadutos tanto de alvenaria como de tabuleiro metálico, além de muitas outras obras menores (aquedutos, passagens superiores e inferiores).
A primitiva ponte ferroviária sobre o rio Côa tinha tabuleiro metálico, com 5 tramos; apresentava três vãos centrais de 45,5 m e os dois vãos das margens com 35 m cada. Esta ponte era uma imponente obra de arquitectura do ferro, que superava o vale encaixado do rio, numa distância entre margens superior a 200 m. Na década de 30 do século XX, esta ponte metálica foi desmantelada, para dar lugar a uma ponte de
alvenaria, a qual foi construída a montante da velha estrutura. Esta nova obra deve estar associada ao aumento acentuado do movimento de comboios de mercadorias e de passageiros no tráfego da linha da BA. Porém, é curioso constatar que a memória da antiga ponte persiste ainda entre os locais, que chamam “ponte de ferro” à ponte de alvenaria, de construção mais recente, como referimos antes, a qual continua hoje a ser
utilizada.
De notar que esta linha da BA foi sempre considerada pelos seus contemporâneos como uma das mais importantes que o país tinha de realizar, pois, ela encurtava a distância para o Norte de Espanha e Centro da Europa. Por essa razão desde 1895 o Sud-Express passa a utilizar a nova linha da Beira Alta até Vilar Formoso, o que encurtou em 196Km o trajecto Lisboa/Paris.

Carlos Teles e Isabel Magalhães/OHA






Pontes ferroviárias sobre o Rio Côa : Ponte de “ferro”(séc.XIX) e ponte de alvenaria (séc.XX), nas proximidades de Castelo Mendo/Paraizal (margem esquerda) e Malhada Sorda/Freineda (margem direita).
[Imagem do arquivo do Reitor José Pinto, datada de c. 1930]

Natal OHA 2009






A OHA deseja Boas Férias, Feliz Natal e Feliz Ano Novo.


Património Arquitectónico e Artístico / século XX


O edifício da Delegação Aduaneira de Vilar Formoso, sito no Largo 25 de Abril é um excelente exemplo da arquitectura portuguesa do século XX, exibindo tanto no exterior como no seu interior painéis de grande valor artístico.
O edifício data de 1959 (fim da obra) é um projecto de raiz da autoria do arquitecto Leonardo Castro Freire. Este equipamento público veio enquadrar a praça da fronteira, segundo o programa das obras do regime do “Estado Novo”, apresentando algumas estilizações decorativas características da arquitectura nacionalista, como a esfera armilar em destaque na fachada principal.
No exterior, a embelezar as fachadas laterais, temos quatro painéis de baixo-relevo, em granito rosa, obra do mestre escultor Lagoa Henriques, quais ícones das paisagens e gentes portuguesas. No interior, o espaço do antigo átrio principal é ladeado de dois painéis de azulejos policromos, de grandes dimensões, do pintor Júlio Resende. Outros painéis de azulejos distribuem-se pelo espaço, evocando o imaginário português, num conjunto coerente e de rara beleza. A azulejaria assinada pelo autor, foi produzida pela Fábrica de Santana de Lisboa e está datada de 1958.
O património arquitectónico e artístico aqui em destaque representa por si um legado importante, de uma geração que marcou a Arquitectura e as Artes Plásticas em Portugal no período que se seguiu à II Guerra.

Carlos Teles e Isabel Magalhães/ O.H.A. (Oficina da História e Arqueologia)

MALWELL - O Cerco de Almeida em Jogo (2008/2009) II


 

 
O Jogo didáctico “MALWELL – O cerco de Almeida em Jogo”, concebido por alunos da nossa escola, foi apresentado no dia 18 de Maio, no Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida (CEAMA), pelas 14:30 horas. A sessão enquadrou-se na temática “Aprender o Centro Histórico de Almeida enquanto Museu Vivo”, comemorando-se desta forma o “Dia Internacional dos Museus”.
Os alunos da Oficina da História e Arqueologia foram os convidados especiais deste evento, porque foi um grupo de alunos que frequenta a OHA que imaginou e concebeu este jogo didáctico, cuja temática nos remete para o cerco de Almeida em 1810, na conjuntura da 3ª Invasão Francesa. Daí o nome de baptismo atribuído: MALWELL (M de Massena, o general francês; AL de Almeida, a vila cercada; e WELL, de Wellington, o general inglês).
A ideia foi apresentada em 2008 aos técnicos da área do Património da Câmara Municipal de Almeida, que se envolveram de forma extraordinária no projecto e nos permitiram vê-lo e jogá-lo passados tão só alguns meses. O jogo apresenta um excelente aspecto gráfico, é inspirado no clássico Jogo da Glória e tem como objectivo recriar um cerco ou um ataque à praça-forte de Almeida, no qual participam atacantes e defensores. Em percursos diferenciados, sobre a planta da vila de Almeida, o jogo obriga os jogadores a conhecer a arquitectura militar abaluartada e o centro urbano. Desta forma, propõem-se induzir à descoberta da História e do Património do Centro Histórico da Vila de Almeida, de uma forma lúdica e didáctica.
Na sessão, que decorreu no CEAMA, estiveram presentes o Presidente da Autarquia, António Baptista, a técnica-superior na área do Património, Paula Sousa, o vice-presidente do Conselho Executivo, Vítor Almeida, convidados, Comunicação Social, público em geral, professores e os alunos, que foram, sem dúvida, os protagonistas, em especial os autores do Jogo, Paulo Seixas, Rodrigo Teles, Bruno Oliveira e Vítor Hugo Costa.
A todos os alunos presentes foi oferecido um jogo e feita a promessa que serão futuramente distribuídos a todos os alunos do 1º CEB. Entretanto está, também, disponível na Biblioteca da escola sede do Agrupamento.


MALWELL - O Cerco de Almeida em Jogo (2008/2009) I


No dia 22 de Agosto de 2008, pelas 14:30H, os alunos Rodrigo Esteban, Paulo Seixas, Victor Costa, Bruno Filipe da Oficina da Historia e Arqueologia (OHA), da Escola EB 2,3/S de Vilar Formoso, participaram no Seminário “O Sacrifício de Almeida” realizado no Centro de Estudos de Arquitectura Militar de Almeida (CEAMA).
Neste Seminário apresentámos, perante congressistas e público em geral, um projecto de jogo ao qual demos o nome de MALWELL- O cerco de ALMEIDA em jogo. O nome do jogo justifica-se pela junção das iniciais e sílabas dos intervenientes nas Guerras Peninsulares, Massena, Wellington, e da localidade sitiada, Almeida.
O objectivo do jogo, que pode ser disputado por equipas ou individualmente, pretende dar a conhecer em pormenor a vila de Almeida. Para este efeito os jogadores “vestirão” a camisola de sitiantes e sitiados. Os atacantes percorrerão o perímetro exterior da praça-forte, e  os atacados farão o percurso interior.
Este episódio da Guerra Peninsular, marcante para a história do Concelho de Almeida, foi desta forma merecedor da atenção dos alunos da O.H.A., que integrados nas comemorações promovidas pela Câmara Municipal de Almeida, desenvolveram este jogo.
Ao evocarmos um período bélico da nossa história local, e também nacional, pretendemos converter este jogo/tema numa ferramenta fundamental para o conhecimento do meio e ao mesmo tempo queremos que seja um contributo para o desenvolvimento turístico e cultural de Almeida e do concelho.
No presente ano lectivo a OHA, depois de termos apadrinhado o Baluarte de Nª. Senhora das Brotas, por proposta da Câmara Municipal de Almeida, irão ser desenvolvidos projectos multidisciplinares que conduzirão ao melhor conhecimento daquele.
A participação dos alunos da OHA neste Congresso foi uma experiência deveras interessante. O contacto com um auditório, com outros conferencistas e com a imprensa (demos entrevistas e falámos em directo para a rádio) foram emoções novas para nós.

Outubro de 2008

Os alunos da OHA:
PAULO SEIXAS
RODRIGO ESTEBAN
VICTOR  COSTA
BRUNO OLIVEIRA

Prémio Nacional da Astro atribuído a alunos da OHA (2004-2005)



Escola EB 2,3/S de Vilar Formoso ganha prémio internacional (2006/2007)








Nos passados dias 23 e 24 de Março, os alunos que frequentam a Oficina de História e Arqueologia, bem como alguns dos que estudam a Língua de nuestros hermanos, fizeram uma visita cultural à capital do país vizinho.
O dia 23 foi dedicado à visita ao Museu Nacional de Arqueologia, onde se puderam ver maquetas que reproduziam locais pré-históricos, objectos domésticos e utensílios utilizados na caça e na pesca, bem como adereços usados pelas mulheres, por uma questão de beleza, e pelos homens, por uma questão de estatuto social, já para não falar das “múmias mortas” em que alguns tropeçaram.
Depois de um piquenique/almoço partilhado, os ilustres visitantes registaram impressões agradáveis sobre a Estação de Atocha, onde ocorreram os malogrados atentados de Madrid a 11 de Março de 2005, e sobre o Museu Reina Sofia. Neste último, observou-se com atenção o famoso quadro de Pablo Picasso, GUERNICA, do qual se recolheram sensações fantásticas, e fizeram-se comentários interessantes a outros quadros de pintura abstracta expostos.
Depois, percorreram-se as calles de Madrid (caso para perguntar “De onde vem tanta gente???”) e recolhemos aos aposentos na Pousada de Casa de Campo. Os alunos fizeram uma jura em passar uma noite bastante desportiva, facto que realmente levaram a cabo!!!
O dia seguinte foi dedicado à “loucura total”: visitou-se o Parque de Diversões da Warner Brothers (ou da Warner Bros, como diziam os alunos que queriam mostrar que percebiam muito de Inglês!). Os mais corajosos viveram aventuras inesquecíveis e os outros … assistiram.
Acompanhados pelo hino elaborado pelo professor Hélder Martinho e fotografados e filmados nos momentos mais importantes dos dias, os alunos regressaram com a ideia de que a aprendizagem feita fora da escola contribui muito para o enriquecimento social, cultural e gastronómico de cada um dos participantes.
A visita foi toda feita em hora espanhola, facto que contribuiu para uma grande confusão nas horas marcadas para os encontros. Ah! Ah!

Os alunos

Depois de dois dias de uma viagem inesquecível a Madrid e de todo o trabalho que a antecedeu, todos estávamos felizes e contentes porque achávamos que para nós já tínhamos ganho um prémio. Mas ansiosamente aguardámos a decisão de um júri formado por um representante do Ministério da Educação, um representante da Ass. de Professores de Espanhol, um representante do Instituto Cervantes em Lisboa, um professor de uma Universidade Portuguesa com estudos de Espanhol e a assessora da “Consejería de Educación” da Embaixada de Espanha em Lisboa, que avaliasse com rigor e justiça o nosso projecto, candidato ao IV Prémio “Pilar Moreno”.
Dia 24 de Maio, foi-nos comunicado que a nossa escola tinha ganho o primeiro prémio no valor de 4.000€. Foi-nos dito que o júri tinha escolhido o nosso projecto pelo seu valor e que estava “verdadeiramente original”.
Para alegria de todos quantos participámos e nos empenhámos neste projecto, consideramos que foi feita justiça.
A nossa escola tem capacidades e alunos que sabem corresponder ao que lhes é pedido. A todos obrigado por acreditarem e trabalharem para que pudéssemos ganhar.
O prémio é de toda a Escola porque a Nossa Escola merece.

Os professores

Saída de Campo: "Povo" de Vilar Formoso (11-11-2009)


Os membros da OHA, acompanhados pelos professores coordenadores, realizaram a sua primeira Saída de Campo no dia 11 de Novembro de 2009. O objectivo foi redescobrir sítios, paisagens, vestígios, arquitectura tradicional, tantas vezes vistos, mas pouco valorizados. Um novo e mais demorado olhar sobre aquilo que nos rodeia e que está no nosso horizonte quotidiano.

A OHA e a Escola na Imprensa Regional - "A Minha Escola Adopta um Museu, um Palácio, um Monumento..." (2008/2009) I



Jornal


Jornal





Jornal




Concurso: "A Minha Escola Adopta um Museu, um Palácio, um Monumento..." (2008/2009)



 
                                                                                           
No ano lectivo 2008-2009, a OHA participou num concurso a nível nacional, na categoria multimédia, lançado pela Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC), pelo Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) IP e pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, IP (IGESPAR). Os alunos da Oficina elaboraram dois trabalhos, um para o 2.º ciclo e outro para o 3.º ciclo, respectivamente, a Espada de Castelo Bom e a Espada de Vilar Maior (Museu da Guarda). Ambos os trabalhos apresentados foram contemplados com o 1.º prémio. Os alunos e o Agrupamento de Escolas de Vilar Formoso foram agraciados com vários e aliciantes prémios. A cerimónia teve lugar no dia 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus, no Museu José Malhoa, na cidade das Caldas da Rainha, tendo contado com a presença da Ministra da Educação e da Direcção da nossa escola.

Apresentação



A OHA é um projecto extracurricular e tem como objectivo ocupar os alunos que, voluntariamente, quiserem estar, nas quartas-feiras à tarde, com actividades diversas: saídas de campo (em Portugal e Espanha), reproduções, ateliers, recriações históricas (Feira Medieval de Castelo Mendo), exposições, produção de textos, participação em concursos de carácter histórico a nível regional e nacional, colaboração com a Câmara Municipal de Almeida, comemoração de datas importantes,...
Desde 2003 que este espaço, dinamizado pelos professores Isabel Magalhães e Carlos Teles, tem reunido um grupo fiel de alunos que, pontualmente, têm participado nas actividades da OHA, contribuindo para o conhecimento do património local e regional, sobretudo, e ainda para a consciencialização da comunidade escolar para a importância da salvaguarda e preservação do mesmo.